domingo, 17 de junho de 2012

FERNANDES/FERNANDEZ

Sobrenome de origem espanhol! Fernandes é um sinal orgulhoso de um rico património e antiga. As primeiras formas de sobrenomes hereditários na Espanha foram os sobrenomes patronímicos, que são derivados do nome dado ao pai, e sobrenomes metronymic, que são derivados do nome dado à mãe. Ao contrario do que a maioria acredita sufixo mais comum sendo patronímico "ez" é derivado de Fernandes surgindo assim a derivação Fernandez. O nome Fernandes é derivado dos elementos espanhol "faro", que significa "viagem" e "nano", que significa "corajoso". As primeiras famílias a usarem o nome Fernandes surgiram na região espanhola de Aragão, que é uma região do nordeste da Espanha na Península Ibérica. Já o nome Fernando, do qual deriva o sobrenome, vem do germânico Frithunanths ("frithu" [paz] + "nanths" [audaz, corajoso]), com o sentido de intrépido na defesa da paz, latinizado em Fredenandus e, posteriormente, em Fernandus. Não se sabe ao certo por que mais acreditasse que os Fernandes foram subindo a Espanha em direção ao norte na região das Astúrias e depois Galícia e continuaram essa migração ao decorrer de anos até se estabelecerem em território Português! Algumas fontes dizem que o Contrario aconteceu , ou seja os Fernandes nasceram nas Astúrias e depois se espalharam pelo território espanhol e português!

Fernandes em Portugal
Um dos primeiros Fernandes portugueses de que se tem notícia foi Diogo Fernandes, o 3º Conde de Portucale até o ano de 924. Genro de Lucídio Vimaranes, 2º Conde de Portucale (o primeiro havia sido seu pai, Vímara Peres), por seu casamento com Onega Lucides. Outro antigo possuidor deste sobrenome foi Dom Ero Fernanes. Nascido em Lugo (o antigo povoado romano de Lucus Augusta na Galícia) por volta do ano de 865, foi Conde de Lugo entre 895 e 926. Se casou com Adosinda, com quem teve os seguintes filhos Dom Godizindo Eris Conde de Lugo e D. Teresa Eris (ou Ermesenda Eris), esta última a mãe de Paio Gonçalves Betote e Hermenegildo Gonçalves Betote) .

Fernandes no Brasil

Tudo que se sabe é que os primeiros Fernandes a chegarem ao Brasil datam do anos de 1600 e entraram no pais pelo Ceará e que com o passar dos anos foram se estabelecendo cada vez mais ao sul.

Escudo dos Fernandes

Pouco se sabe sobre o escudo dos Fernandes, apenas o que se sabe é que suas cores fazem referencia as cores do reino de Portugal uma vez que o primeiro nobre que se tem noticia era português

Brasão

De Diogo Fernandes Correia: escudo esquartelado, sendo o primeiro de ouro, uma águia bicéfala de negro, armada de vermelho r carregada no peito com um crescente de prata, cada um deles com uma cruz de vermelho; o terceiro de vermelho, um castelo de prata; e o quarto de vermelho, três vieiras de prata. Timbre: uma águia estendida de negro, com um dos escudetes do segundo quartel pendente no bico por um cordão vermelho.

Formato do brasão em U: 

Representa o escudo espanhol, português, flamengo, ibérico, peninsular ou boleado: escudo com a ponta redonda. Actualmente é o escudo de uso dominante em Portugal. Também é bastante utilizado na Espanha, Brasil, Alemanha e Países Baixos

Águia de duas cabeças: 

A águia bicéfala é um símbolo presente na iconografia e heráldica de várias culturas indoeuropeias e mesoamericanas. Na Europa, procede da águia bicéfala hitita, chegando à Idade Média ocidental através de Bizâncio. Muitos reinos como o Império Bizantino ou o Império Russo usaram-na em bandeiras, estandartes e escudos. Representava o poder e a nobreza dos grandes impérios. A aguia negra do Brasão dos Fernandes faz referencia ao sacro império Romano - Germânico! 

Três escudetos em cruz: 

A cruz heráldica simples apresenta braços de mesmo comprimento, acompanhando as proporções do escudo. O escudo é uma arma defensiva que consiste, essencialmente, numa chapa de metal, madeira ou couro, usado para se proteger de golpes inimigos. Representa a forte liação com a igreja e a união entre estado e igreja! O numero três significa a trindade: Pai, Filho e Espirito Santo

Castelo com três torres: 

Quando as cidades ou vilas foram fechadas dentro de muralhas a representação heráldica nas armas é feita por um castelo de três torres. Quando o castelo foi, penas para defesa, mas com residências fora dele, isto é, quando foi todo uma fortificação militar que teve ações guerreiras na sua historia, a representação heráldica é feita por uma torre torreada, ou seja, uma torre sobreposta por outra. Nesse caso significa que mais de uma cidade ou vila ficou sobre seus cuidados.

As Cores Vermelho e Amarelo: 

O vermelho indicado para o campo das armas representa a ação guerreira que aqui predominou em tempos remotos até à posse tomada em combate por D. Afonso Henriques. Vermelho em heráldica significa vitórias, ardis e guerras. Em termos heráldicos o ouro (amarelo) é o metal mais precioso, na escala daquela ciência. O amarelo é ainda o símbolo da generosidade. O Ouro - O ouro é, em heráldica, o metal mais precioso. Por isso ele guarnece as partes mais nobres e significativas do Brasão. Tres terços em vermelho significa muitas lutas para conseguir as riquezas.

As três conchas: 

Há várias simbologias associadas à vieira, à concha, mas optamos pelo mais antigo símbolo conhecido que representa o peregrino. Mencionado pela primeira vez no sermão Veneranda dies, do livro I do Liber Sancti Jacobi, parte integrante do Código Calixtino, do século XII. A vieira é apresentada como símbolo das “boas obras”. É cosida às roupas do peregrino que se dirige a Santiago de Compostela para honrar São Tiago. Extrai-se do Veneranda dies o seguinte excerto:
“As duas partes ou valvas são o símbolo da caridade, do amor de Deus e do amor ao próximo. A concha se assemelha a uma mão que se abre para realizar boas obras, porque o peregrino deve ser dadivoso, casto, sóbrio e deve extirpar tudo o que seja origem de pecado”. É também um símbolo de baptismo, com toda a implicação que isso acarreta para o baptizado. Também tem um significado teológico: pretende recordar a lenda atribuída a Santo Agostinho, o qual encontrando um jovem na praia, que com uma concha procurava pôr toda a água do mar num buraco cavado na areia, lhe perguntou o que fazia. Ele explicou-lhe a sua vã tentativa, e Agostinho compreendeu a referência ao seu inútil esforço de procurar fazer entrar a infinidade de Deus na limitada mente humana. O fato de serem três é o mesmo dos escudos, referencia a santíssima trindade!